Estruturas econômicas e sociais

A agricultura foi a principal atividade no inicio do Reino Asante, para isto, a mão de obra escrava foi muito importante gerando maior produção, este excedente era usado também como moeda de troca por mais escravos. Estes trabalhadores escravos eram originários de regiões distantes como Nigéria e Senegal, porem o regime de escravidão Asante era diferente daquele praticado na América posteriormente, com pouca hostilidade e com algumas concessões ao escravo, como possibilidade de acumular riqueza, casar e ter filhos. Mais tarde, a produção e comercio de ouro entrou no Reino Asante com grande importância, naquele período, o ouro podia ser encontrado próximo a superfície ou acima dela, durante o desmatamento das florestas Asante no século XV. Este ouro foi comercializado para outras regiões do continente pelas rotas trans-saarianas, tornando pessoas ricas dentro da comunidade Asante e pagando por mais escravos, tecidos, cobre, latão e sal.

O ouro tinha uma rota direta para a Europa através dos portugueses que em troca deste ouro vendiam armas. O espirito empresarial do povo Asante teve um grande impacto social e econômico dali em diante, os empresários do povo acumularam ouro, terras e escravos, eles compartilhavam um símbolo exclusivo de poder, um pequeno banco de madeira feito de uma peça única de madeira e artesanalmente, era um símbolo de supremacia, poder, autoridade e de controle social de poder politico e realização pessoal.
O Asantehene (rei dos Asante, ele existe até os dias atuais, mas não exerce poder algum, consiste apenas como uma figura pública, histórica e cultural) que sempre tinha muito ouro sobre seu corpo, roupas extravagantes e brilhantes e controlava todas as pessoas a sua volta, e sua riqueza simbolizava este controle. Em cerimonias com a presença de visitantes estrangeiros, também fazia exibições com crânios de pessoas importantes que foram dominadas, para mostrar o poder e o controle do rei.
                Atual Asantehene, Osei Tutu II, em desfile na tradicional festa em honra aos ancestrais 

Fontes: BBC: Reinos Perdidos da África - O Reino de Asante.
GhanaWeb.Disponívelem:<http://www.ghanaweb.com/GhanaHomePage/tribes/ashanti.php > Acesso em 30 de maio de 2104.

SILVA, Alberto Costa e. A costa do Ouro, in. A manilha e o libambo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. p. 193-227.

Nenhum comentário:

Postar um comentário